Pode ser muito assustador quando o médico te chama e te diz o resultado da sua ressonância magnética ou outro exame por imagem. Ele te fala palavras grandes e difíceis de entender que te passam a sensação de que você está acabado, de que sua dor nunca vai se resolver com tantos problemas.

Bem, estou aqui para te dizer que você não está acabado! Na grande maioria dos casos, em torno de 80 a 90%, os achados do exame por imagem são irrelevantes para a recuperação do seu problema de coluna. Eles não significam que você deve parar tudo, deitar numa cama e aguardar que a dor vá embora. Me desculpe, mas se você procurou um especialista que disse para você que o repouso é o melhor remédio para sua dor, você foi no lugar errado.

Você sabia que muitas pessoas possuem diferenças anatômicas bastante significativas, como curvaturas maiores ou menores, escoliose, vértebras a mais, degenerações, hérnias de disco e mesmo assim não sentem dor alguma? Enquanto que outras não possuem nada disso e apresentam dores terríveis… O ponto é que a anatomia não é perfeita e que essas anormalidades encontradas podem não ser a causa da sua dor. E na maioria dos casos não são.

Geralmente estes exames deixam as pessoas ansiosas, assustadas e tristes com os resultados, e não colaboram em nada na recuperação do problema. A não ser que a situação esteja tão ruim que a única opção seja a cirurgia (isso é muito raro), normalmente o tratamento seguirá o mesmo caminho.

O que realmente importa são os achados clínicos da avaliação mecânica: mobilidade, força, função neural, localização da dor e respostas fisiológicas e não-fisiológicas aos movimentos realizados. Estudos recentes mostram que pacientes sem dor alguma apresentam diversas anormalidades nos exames por imagem.